LUISA AGUILAR
( Colômbia )
Nasceu em Yolombó, Antioquia, Colômbia, em 1941.
Livros publicados: Resurrección en quásar (1995); El brío de la mariposa (2005).
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
MUESTRA POESÍA EN MEDELLÍN 1950-2011. Medellin, Colombia: Editorial Lealon, 2011. 383 p. ISBN 978-958-44-8484- 0.
Ex. bibl. Antonio Miranda
POÉTICA
Alarido en el umbral del dolor;
calma... en la morada de la sonrisa plena,
arrojos y sonrojos del pecho endurecido,
hilos del cansancio de no aguantar más
expansión de las ganas de seguir viviendo,
a pesar de la talanquera, la muralla, los nudos
y el agobio de todos los sentidos.
Amanecer, alborada de la resurrección en cada jornada,
en todas las horas de la duda,
sin el fugaz amor florecido de las primaveras;
nos aferramos al poema para no perecer
abrasados por un fuego incontenible.
Fluviosa ternura del río enardecido de la vida,
como una llovizna, una brisa o un eflúvio en las horas cruentas.
QUINCE
Cardamomo en la garganta
para no llorar.
Carantoñas en la cintura apretada
para no parir montañas.
Caminares despaciosos
para no despertar sospechas.
Despertares más cautelosos
para aguantar tu muerte.
Me he dormido hoy como faquir
después de caminar sobre las púas.
La bomba en mi cabeza
no me despertó
sus granitos salpicaron la ternura
tú y yo tenemos solo quince primaveras
nuestro abrazo en el ensueño
nos salvo del atentado.
SIN PALABRAS
No cesa de no escribirse.
Facques Lacan
No hay un solo verbo
Así te adivino.
Sin conjunción
sin preposición
sin adverbio
sin galicados,
más acá del pensamiento.
Sin cadencia,
las letras no adjetivos
nada de prestadas escrituras.
No quiero
tampoco sustantivos
Ven a mí
inefable
espontáneo
como una aparición
quizás pronombre
hecho hombre.
Más allá
de todas las palabras.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: ANTONIO MIRANDA
POÉTICA
Alarido no limiar da dor;
calma... na morada do sorriso pleno,
nervos e rubores do peito endurecido,
fios do cansaço de não aguantar mais
expansão de desejos de seguir vivendo,
apesar da barricada, a muralha, os nós
e o sufoco de todos os sentidos.
Amanhecer, alvorada da ressurreição em cada jornada,
em todas as horas da dúvida,
sem o fugaz amor florescido das primaveras;
nos aferramos ao poema para não perecer
abrasados por um fogo incontido.
Fluida ternura do rio excitado da vida,
como una garoa, uma brisa ou um eflúvio nas horas brutais.
QUINZE
Cardamomo na garganta
para não chorar.
Esfregação na cintura apertada
para não parir montanhas.
Caminhares espaçosos
para não despertar suspeitas.
Despertares mais cautelosos
para aguentar tua morte.
Eu hoje dormi como um faquir
depois de caminhar sobre os farpados.
A bomba em minha cabeça
não me despertou
seus granitos salpicaram a ternura
tu e eu temos apenas quinze primaveras
nosso abraço no devaneio
nos salvou do atentado.
SIN PALABRAS
Não cessa de não ser escrito.
Facques Lacan
Não tem um único verbo
Assim eu te adivinho.
Sem conjunção
sem preposição
sem adverbio
sem festejos,
aquém do pensamento.
Sem cadência,
as letras não adjetivos
nada de emprestadas escrituras.
Não quero
tampouco substantivos
Vem a mim
inefável
espontâneo
como uma aparição
talvez pronome
feito homem.
Além
de todas as palavras.
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Página publicada em maio de 2022
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